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Seguro de eventos precisa ser descoberto pelo mercado

Ramo é inexplorado e cheio de oportunidades, inclusive no carnaval

No carnaval do ano passado aconteceram dois acidentes no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, que deixaram o seguro de eventos em evidência. Apesar disso, o mercado de seguros de eventos não sentiu a demanda que poderia diante de tantas oportunidades.

“Sim, houve um aquecimento para esse nicho, porém é pouco frente ao que o mercado de eventos movimenta anualmente. De acordo com pesquisa feita pela PwC, em 2019 o mercado movimentará R$ 900 milhões neste segmento, um crescimento anual em torno de 6%”, comenta Luciana Duarte, Broker de Resseguros especializado no segmento de Eventos, Filmes e Obras de Arte da Circles Group.

Para Roberto Palmeira, professor da Escola Nacional de Seguros, este é um ramo de seguros que ainda não foi incorporado pelo brasileiro em geral. “Estes seguros são contratados sob demanda e principalmente quando se tratam de eventos internacionais, onde esta cultura é mais difundida, como por exemplo, Rock in Rio, Cirque du Soleil, entre outros”, opina.

Oportunidades
Roberto Palmeira, professor da Escola Nacional de Seguros

Saindo do âmbito de eventos conhecidos internacionalmente, temos um mercado gigantesco de feiras, exposições, congressos, shows, ativações de marcas, palestras, eventos esportivos, de moda e outros, porém é um nicho ainda pouco explorado inclusive pelas seguradoras. “A tendência é que, com um trabalho efetivo de conscientização e divulgação dos produtos em parceria com os corretores, o mercado passe a olhar o Seguro de Eventos como uma prevenção e não mais como custo”, completa Luciana.

Já para o professor da Escola Nacional de Seguros, um fator que se deve levar em consideração, quando se observa o carnaval em específico, é que esse é o momento onde há uma inversão de valores no país por quatro dias. “Onde a irreverência impera e o seguro como atitude de prevenção não costuma ser levado em consideração, mesmo com a ocorrência de um evento como o do ano passado”, finaliza Roberto Palmeira.

 

Escrito por  Revista Cobertura