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Mercado de Seguros em constantes turbulências

Nosso mercado de seguros vive freqüentes tormentas, seja pelas investidas dos autores do mercado marginal, seja pela situação econômica do país, seja pelas ações de interesse político e, dentre outras, novas tecnologias e o mundo online. Na realidade isso tudo está ocorrendo simultaneamente, como se houvesse alguém articulando para acontecer uma grande transformação que resulte no fim das pequenas Corretoras de Seguros, principalmente, e que as grandes se reinventem e que tudo passe a funcionar através das plataformas e demais recursos virtuais. Nessa carona as companhias seguradoras passariam a investir tão somente nesse universo online, relacionando-se diretamente com o consumidor.

Diante desse cenário turbulento dá a impressão de estarmos num navio, em alto mar, sem direção, indo de acordo com a maré e os ventos, faltando força ao motor e comando pra direcionar o seu rumo. Relacionando-se a essa alusão sabe-se que os índices do nosso mercado de seguros se comportam conforme os índices de produção do país, quanto mais crescente a economia, mais o nosso mercado se aquece, sem precisar de ações ou medidas por parte dos componentes do segmento para o incremento das vendas. Assim tem se comportado o mercado, aproveitando a onda. No entanto, poderíamos crescer muito mais e ter melhores condições pra enfrentarmos as crises se melhorasse nosso desempenho profissional, comportamental, político e cultural. Acredito que resistiremos a tudo isso e nos firmaremos profissionalmente, pois por mais que incrementem os investimentos para a distribuição do seguro pelas vias virtuais nunca serão suficientes pra fazer frente às demandas da sociedade. São muitos perfis diferentes que acabam sendo imensuráveis a reação e o resultado. O conhecimento sobre os produtos, a renda, as burocracias e as constantes crises são alguns itens que impõem barreiras ao sucesso absoluto dessa distribuição e acrescento também o custo do marketing e a manutenção e atualização que devem ser constantes. Algumas empresas que investiram nesse mercado desistiram, outras fecharam, outras foram vendidas e outras atuam irregularmente, mas há aquelas que atuam conscientes da conciliação com os profissionais do ramo, pois elas entenderam e todos nós sabemos que o mundo da internet veio pra ficar e ninguém pode desprezar ou fazer de conta que não existe e achar que é nocivo pro nosso mercado. Temos sim que tirar proveito, mas sem desprezar os conceitos éticos e atentar para manter o equilíbrio do mercado de seguros.

Devemos, portanto, as corretoras de seguros, as companhias seguradoras e, principalmente, as nossas instituições representativas investirem mais na divulgação, à sociedade, da importância do seguro, dos produtos e do papel profissional do corretor de seguros. Temos que fazer uma movimentação nacional contra o mercado criminoso. É preciso também que façamos do meio tecnológico um instrumento para melhorarmos o negócio como um todo, produtos, atendimento, marketing e qualificação e, cada segmento, atuando em prol do fortalecimento do mercado.

 

Jair Fernandes
Sincor AM/RR