×

EXTRA: PL 3139/15, uma alegria e uma inovação no seguro PARTE II

Armando Luis Francisco

Armando Luis Francisco

Por que é inovador?

Porque compreendeu outras dinâmicas. E porque, mesmo descaracterizado, não foi humilhado ao ponto de nem mesmo ver o sol nascer.

Posteriormente, até, é a posse do mutualismo tão enraizado no tempo e no espaço. Quantos anos passados de cooperativas de taxistas, por exemplo?

Sucessivamente, porém, é a justiça:

Altera o art. 3º do Substitutivo para: (i) dar nova redação ao novel art. 107-A do Decreto-Lei nº 73, de 1966, de modo a exigir o vínculo prévio entre a entidade de autogestão e o seu integrante, vínculo esse que, deverá apresentar caráter profissional, classista ou profissional; e (ii) vedar às entidades de autogestão a captação da poupança popular através da venda ou colocação de produto, serviço, plano ou contrato com utilização de meios públicos de comunicação, exceto para os seus membros, associados ou integrantes previamente habilitados”.

A dinâmica seguinte é “Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve”(Augusto Branco).Perder tudo é muito mais fácil que ganhar tudo. E o poder das empresas de autogestão é descomunal. Seu pé, em território legislativo, é gigantesco. Ainda que seja um passo à frente, como escreveu Marta Medeiros: “Toda e qualquer mudança é um avanço, um passo à frente, uma ousadia que nos concedemos, nós que tememos tanto o desconhecido”.

A razão posterior é o braço da Lei alcançando seu território desconhecido. Um fantasma que atravessava invisível sob olhares desatenciosos. Agora, todos enxergam seus caminhos e pretensões. Mas a fresta possibilita a incubação de outros contenciosos e ardis. A verdade é simples: O direito Costumeiro é o prenúncio de uma partida.

E a competição, finalmente, diminuirá? Não, de jeito nenhum. Mas exigirá a nossa capacidade de encontrar meios e motivos para existirmos. E são muitos os atributos de que nada será igual como antigamente. Como pensou Meredith Grey:

“Todos ouvimos o mesmo. É uma das coisas que aprendemos nas aulas de ciências. “Adapte-se ou morra”. Mas adaptar-se não é fácil. Tem que brigar com a concorrência, defender-se dos ataques, e, algumas vezes, você tem que matar. Você faz o necessário para sobreviver.
[…]
“Adapte-se ou morra”. Não importa quantas vezes tenha ouvido isso, a lição não fica mais fácil. O problema é… Somos humanos. Queremos mais que apenas sobreviver. Queremos amor. Queremos sucesso. Então, lutamos muito para conseguir essas coisas. E todo o resto… É como morte.”

No gerúndio, até não parecendo, mas uma grande vitória. Elucidativa, até o ponto de continuarmos a acompanhar a evolução de nossa profissão e, efetivamente, buscarmos soluções para esses conflitos profissionais. Sim, definitivamente, um norte!

 

ARMANDO LUIS FRANCISCO