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Corretor: Entenda como a violência influencia o seguro

A onda de violência que assola especialmente o Rio de Janeiro foi tema da conversa de José Varanda, coordenador e professor da graduação da Escola Nacional de Seguros, que esteve na redação do jornal “O Globo” falando sobre a influência da violência no seguro. Ele respondeu dúvidas dos leitores do jornal. O Rio de Janeiro tem enfrentado uma onda de violência, assim como outras grandes cidades do país, mas na capital fluminense tem acontecido o fechamento de vias públicas importantes, como a Linha Vermelha. Segundo Varanda, uma das dúvidas mais frequentes é sobre bala perdida. “Tem cobertura?” Segundo ele explicou, uma cobertura de acidentes pessoais cobre bala perdida porque é um evento externo. “Uma cobertura para morte acidental, invalidez por acidente ou coberturas médicas para cobrir eventuais lesões que a pessoa venha a sofrer”, explicou.

Ele acrescentou ainda que esse tipo de cobertura independe da pessoa morar em uma área de risco já que o local onde a pessoa mora não é levado em conta no seguro de vida, “Para seguro de vida e acidentes pessoais o que se leva em conta é a tabua de mortalidade para morte natural e morte acidental leva em conta o risco como um todo”, explicou. Ele explicou ainda q ue o Rio de Janeiro, por exemplo, não tem um seguro de vida mais caro que São Paulo. Bem diferente do que acontece no seguro de automóvel que leva em consideração os eventos de roubo e furto. “Ou seja, leva-se em conta as ocorrências para ter a precificação. O seguro de auto leva em conta onde a pessoa mora ou circula. O Rio de Janeiro tem áreas com custo bastante elevadas”, disse ele.

Varanda explicou que o seguro de auto é precificado em função dos riscos, por isso os modelos mais visados pelos bandidos acabam tendo o valor do seguro maior. Ele explicou ainda a questão das motocicletas de baixas cilindradas que são muito usadas pelo crime já que elas têm alta velocidade. “Por isso as companhias nem oferecem seguro para esses modelos porque o valor seria muito alto”, descreveu.

Ele ainda comentou sobre a prisão de policiais em São Gonçalo que estavam envolvidos em com roubo de veículos. Segundo o professor da Escola Nacional de Seguros isso deve ter contribuído para aumentar o custo do seguro na região. O professor acrescentou ainda que isso afeta inclusive a venda de seguros podendo até levar algumas seguradoras a recusar o seguro de veículos que são os preferidos dos ladrões.

Ao responder perguntas dos leitores sobre coberturas específicas para casos de violência, Varanda disse não haver cobertura específica para tumultos como arrastões, vandalismo, por exemplo. Já em seguro de imóveis, além das coberturas básicas incêndio, raio e explosão, é possível contratar uma cobertura especifica de tumulto.

 

Escrito por  CQCS