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ANS determina cobertura obrigatória para tratamento com Rádio-223

Depois de anos de esforços de entidades de pacientes e a classe médica junto a órgãos reguladores brasileiros, entre eles a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os próprios convênios médicos, foi reforçada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a obrigatoriedade de cobertura do tratamento com Rádio-223 para pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CPRC) com metástases ósseas sintomáticas e sem metástases viscerais conhecidas. O posicionamento da ANS foi publicado em resposta a questionamento do Instituto Oncoguia.

Considerado um dos principais avanços da última década, o Radio-223 teve seu uso aprovado em 2015 pela Anvisa, baseado na eficácia comprovada cientificamente, principalmente em tratamentos de câncer de próstata metastático. Resultados de análises mostraram que homens que receberam o radiofármaco viveram uma média de 14 meses em comparação com uma média de 11,2 meses para os homens que receberam placebo.

A segurança e a eficácia do medicamento foram avaliadas em ensaio clínico, realizado pelo Food and Drug Administration dos EUA (FDA), em 2013, com 809 homens com câncer de próstata resistente à castração sintomática, que se espalhou para os ossos, mas não para outros órgãos. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para receber Rádio-223 ou um placebo com melhor padrão de atendimento.

“O posicionamento da ANS corrobora exatamente com os achados dos estudos que mostram o impacto que o tratamento com Rádio-223 tem na sobrevida de pacientes com câncer de próstata, melhorando os resultados do tratamento neste perfil de pacientes”, explica Juliano Cerci, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). “Finalmente, temos uma resposta que corrobora com nossos esforços, tanto do ponto de vista político quanto dos achados científicos”, completa.

Fontes que podem repercutir o tema:

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN): representante nacional da Medicina Nuclear, pode comentar o contexto nacional da implantação do Rádio-223 no SUS.

Grupo Núcleos: grupo pioneiro em Medicina Nuclear no Distrito Federal pode comentar a respeito da realidade do tratamento no estado e explicar quais são as ferramentas da especialidade contra esse tipo de câncer, além de indicar personagens para pautas.

MND Campinas: clínica de MN de Campinas, também pode comentar a realidade da doença no interior de São Paulo.

Escrito por  Matheus Steinmeier