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É possível oferecer um seguro especial para mantenedores de pessoas com deficiências congênitas

De acordo com dados do Ministério da Saúde e do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vivem, somente no Brasil, cerca de 270 mil pessoas com Síndrome de Down. Informações do Movimento Down, no entanto, dão conta de que ainda não existe no país uma estatística específica sobre o número de brasileiros com a síndrome. A entidade afirma que uma estimativa pode ser levantada com base na relação de 1 para cada 700 nascimentos, levando-se em conta toda a população brasileira. Ou seja, segundo esta conta, quase 300 mil pessoas no Brasil teriam Síndrome de Down.

Existe uma grande preocupação relacionada às crianças, jovens e adultos com Down. Inicialmente, elas se referem ao desenvolvimento, educação e inclusão social durante a infância. Vencidas essas etapas, surge a preocupação com a entrada no mercado trabalho e, por fim, como será a maturidade para eles (especialmente no que se refere ao seu sustento), quando não houver mais a presença dos seus pais, responsáveis ou mantenedores. Isso, porque a expectativa de vida de quem vive com a condição ultrapassa os 60 anos de idade. Esse avanço é positivo, mas não é incomum que os mantenedores tenham dúvidas ou medos do tipo: “o que acontecerá ao meu ente querido, caso eu sofra um acidente ou em caso de morte?”.

A ausência de políticas sociais e de cuidados institucionais que suportem a falta do familiar mantenedor, no caso das pessoas com deficiências congênitas, somado ao contingente cada vez mais expressivo de idosos que dependem do auxílio de outras pessoas para efetuarem tarefas variadas, encontram nos contratos de “Long Term Care Insurance”, ou Seguro-Dependência, a garantia de suas necessidades de cuidados de longa duração.

Assim, por que não levar ao mercado um seguro de vida indicado aos mantenedores de pessoas com necessidade de cuidados formais de intermediários (caracterizados pelos centros-dia e hospitais-dia, centros de reabilitação, etc), cuidados domiciliares (prestados por enfermeiros, cuidadores formais e/ou acompanhantes) e cuidados informais (realizados pelos próprios familiares), para resguardar e garantir as necessidades das pessoas com Síndrome de Down, em caso de morte ou invalidez do mantenedor?

Proporcionar mais tranquilidade, segurança e resguardar essas pessoas é tão viável, quanto a luta diária dessas pessoas para cuidar com zelo e atenção dos seus familiares com deficiências cognitivas, que merecem receber todo amor e carinho.

*Francisco de Assis Fernandes é diretor comercial da American Life, seguradora brasileira reconhecida por oferecer seguros a nichos específicos com mais de 25 anos de mercado – www.alseg.com.br

 

Escrito ou enviado por  *Francisco de Assis Fernandes / Vivian Santos / IMAGEM: freeimages.com